A individualidade do ser, não existe. Desde pequenos que ouvimos que somos especiais, únicos, que podemos fazer grandes coisas quando crescemos. É mentira.
Tu. Eu. Não importamos realmente a não ser que tenhamos nascido num sitio especifico. Numa família especifica. Numa Era especifica.
Tu podes trabalhar no duro a tua vida inteira e nunca ser capaz de alcançar as mesmas coisas que o filho do Elon Musk ou do Cristiano Ronaldo irá alcançar apenas porque ele nasceu naquela família especifica, nesta altura especifica.
Eu olho para o mundo como um poço. Se vives no Ocidente, nesta Era e tens acesso à Internet ou podes dar-te aos pequenos luxos de jogar qualquer coisita, estares com os que gostas e ir vivendo, estás a meio do Poço.
Descer é muito mais fácil que subir. E dependendo do sitio onde existes, por mais que tentes, podes nunca subir. Mas podes sempre cair. Sempre.
99.9% das pessoas são peças numa engrenagem. Essa engrenagem importa. É tudo o que importa. Foi por essa engrenagem que aconteceu o controlo da COVID, por exemplo.
Não por ti. Não por mim. Nós podemos morrer e não incomodar ninguém. Porque a nossa individualidade do Ser não existe. Existimos para mover a engrenagem. Existimos para viver no fundo do comboio.
Não somos únicos. Não somos especiais para mais ninguém a não ser os nossos país. Provavelmente nunca iremos alcançar imensos objetivos que queriamos alcançar. Só porque não nascemos no sitio certo. Na altura certa.
Vive por ti, irmão. Vive pelos que amas.
Não tentes mudar o Mundo porque o Mundo nunca irá mudar por ti.
Se consegues aceder ao Ptchan, estás a mais ou menos a meio do Poço. Outros nascem abaixo de ti e nunca irão ter as tuas oportunidades.
O Poço é real. O Poço é tudo o que existe.
Preocupa-te apenas em não cair.
Alguns não conseguem.